Por acreditar que a leitura é responsável pelo enriquecimento do vocabulário, do conhecimento, do raciocínio e da interpretação, a Corpore Facilities, através do seu projeto Biblioteca Fonte do Saber, propõe aos seus clientes a instalação de bibliotecas em áreas comuns dos condomínios. A proposta é estimular a leitura dos usuários do condomínio.

O modelo inspirado é o da Biblioteca Popular, um conceito de empréstimo de livros sem burocracia, onde o usuário sente-se dono do livro e responsável por sua conservação e continuação da difusão da obra para outras pessoas. Os próprios usuários doam os livros, que são expostos em uma estante para acesso de todos.

Estimular a leitura é oferecer conhecimento, senso crítico e combustível para a imaginação. Além disso, a assessora de comunicação da empresa, Bárbara Gomide, afirma: “A leitura exercita a memória, aumenta o vocabulário, melhora a ortografia, facilita a interpretação textual e aperfeiçoa a comunicação”.

A biblioteca já foi instalada em 4 empreendimentos. As estantes foram feitas pelos colaboradores da Corpore Facilities, com materiais reutilizados. No Edifício Goiânia Corporate Financial Center, em Goiânia, por exemplo, foi montado um lounge com puffs.

O retorno dos usuários é bastante satisfatório. A arquiteta Patrícia Barreto, que trabalha no Edifício Greenwith Tower, em Vitória, está animada com o projeto: “Achei fantástica a iniciativa da Biblioteca Fonte do Saber! Peguei um livro maravilhoso da Lia Luft, o qual estou devorando, e já estou de olho em alguns títulos para ler em seguida. Foi o impulso que me faltava para retornar ao hábito da leitura, há um pouco esquecido por conta das diversas atribuições diárias”.

Segundo pesquisa realizada em 2015, pelo Instituto Pró-Livro (IPL), 56% da população brasileira tem o hábito de ler. Pela metodologia do estudo, é necessário ter lido ao menos um livro nos últimos três meses, para ser considerado um leitor.

Apesar de 77% dos leitores terem dito que gostariam de ter lido mais, 43% disse que não o fez por falta de tempo. Entre os que não tem o hábito da leitura, 32% alegou a mesma razão para não se aproximar dos livros. Outros 28% disseram simplesmente que não gostam de ler e 13% que não tem paciência. E infelizmente, 30% dos entrevistados nunca comprou um livro.

Para 67% da população, não houve uma pessoa que incentivasse a leitura em sua trajetória, mas dos 33% que tiveram alguma influência, a mãe, ou representante do sexo feminino, foi a principal responsável (11%), seguida pelo professor (7%). As mulheres continuam lendo mais: 59% são leitoras. Entre os homens, 52% são leitores.

Ao todo, foram ouvidas 5 mil pessoas em todas as regiões do Brasil, entre 23 de novembro e 14 de dezembro de 2015. Em relação aos dois últimos estudos feitos pela organização, o percentual de leitores variou pouco, eram 55%, em 2007, e 50% em 2011.

Para o presidente do IPL, Marcos da Veiga Pereira, a falta de tempo e o tamanho dos esforços necessários para difundir o hábito dificultam a ampliação do número de leitores. “Tanto na educação quanto na área cultural, o investimento é muito grande e de longo prazo”, ressaltou. Segundo Pereira, esse deve ser um trabalho conjunto e desenvolvido por entidades do setor privado, organizações não governamentais e o Poder Público.

*As informações da pesquisa foram retiradas do site da Agência Brasil